Investing.com – O primeiro semestre deste ano deve ser desafiador para a companhia de frigoríficos Minerva (BVMF:BEEF3), com os meses entre janeiro e março afetados pelo embargo às exportações de carne bovina à China e momento difícil na Colômbia e Argentina, segundo o Bank of America (NYSE:BAC). Em relatório divulgado aos clientes e ao mercado na segunda-feira, 17, o BofA ponderou, no entanto, que o ciclo do gado no Brasil deve melhorar e eventos no Paraguai e Argentina podem agregar valor aos papéis.
De acordo com os analistas Isabella Simonato e Guilherme Palhares, os lucros devem se recuperar nos próximos meses, assim como fluxo de caixa sólido. “Esperamos que o primeiro trimestre seja o pior resultado para a Minerva em 2023”, reforçam.
A projeção do bofA é de contração da margem Ebitda consolidada de 90 bps no trimestre e no ano, com queda nos preços da carne bovina exportada no Brasil devido ao embargo.
Segundo os analistas, as margens da Argentina e Colômbia seguem pressionadas, mas o ciclo no Uruguai é positivo.
Para o ciclo do gado no Brasil, a tendência é de melhora a partir do segundo trimestre, aponta o banco, com perspectiva de retomada dos preços e menor oferta nos Estados Unidos.
Os analistas ainda completam que que precisam ser monitorados, como a potencial abertura do mercado americano para carne bovina uruguaia e as eleições presidenciais na Argentina, o que pode resultar em alterações nas políticas de exportação de carne bovina no país.
Ontem, as ações da Minerva fecharam o pregão em baixa de 0,53%, a R$9,41.
Nesta terça-feira, 18, às 10h56 (de Brasília) os papéis continuam movimento de queda, em recuo de 1,06%, a R$9,31.
O BofA mantém recomendação de compra para as ações, diante de um valuation considerado atrativo, forte potencial de geração de caixa, mas reduziu o preço-alvo da companhia de R$18 para R$16,5.