Por Steve Holland e Trevor Hunnicutt
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ansiosamente tentando concluir a retirada norte-americana do Afeganistão, assistiu a um cenário de pesadelo se desenvolver nesta quinta-feira, quando um ataque suicida do lado de fora do aeroporto de Cabul matou pelo menos 12 soldados norte-americanos e feriu outros 15.
“Estamos revoltados e também de coração partido”, disse Biden em declaração na Casa Branca o início da noite. Ele prometeu “caçar” os agressores e chamou os soldados mortos de “heróis”.
“Eles simplesmente são parte do que chamo de espinha dorsal dos Estados Unidos... o melhor que o país tem a oferecer”, afirmou.
Biden, que está sendo criticado pela saída dos EUA após a rápida tomada de poder do Taliban no Afeganistão enquanto as forças norte-americanas se retiravam após duas décadas, vinha tentando reforçar a mensagem nos dias anteriores ao ataque de que os Estados Unidos estavam saindo do Afeganistão para salvar a vida de seus soldados.
A contagem de mortes do Exército dos EUA para a Guerra do Afeganistão é de 2.500 pessoas desde 2001.
Permanecer por mais tempo, disse o presidente democrata a repórteres em 20 de agosto, poderia significar que ele precisaria enviar “seus filhos, suas filhas --como meu filho foi ao Iraque-- para talvez morrer. E para quê? Para quê?”.
As mortes militares dos EUA desta quinta-feira foram as primeiras no Afeganistão desde fevereiro de 2020 e representaram o dia mais mortal para as tropas norte-americanas no país em uma década.