Investing.com - Embora o limite máximo para as taxas rotativas do cartão de crédito possa limitar a apetite ao risco, que diminuiu no último ano devido ao atual ciclo de crédito, o Goldman Sachs (NYSE:GS) não acredita que isso represente uma grande mudança estrutural para o negócio, já que a maioria os saldos rotativos giram apenas por cerca de um mês e, portanto, "não acabam cobrando mais de 100% do principal, mesmo que a taxa mensal efetiva
tem uma média de aproximadamente 15% e anualiza acima de 400%", afirmam os especialistas.
PROMOÇÃO DE ANO NOVO: Tenha mais desconto no plano bianual com cupom “investirmelhor1”
Conselho Monetário Nacional (CMN) regulamentou nesta quinta-feira o teto de 100% para a incidência de juros nas modalidades do rotativo e do parcelado do cartão de crédito, mesmo patamar definido em lei aprovada em outubro pelo Congresso Nacional.
A regra, válida a partir de janeiro, prevê que as taxas de juros e encargos financeiros cobrados no crédito rotativo e no parcelamento de saldo devedor das faturas não poderão ultrapassar o valor original do principal da dívida.
Isso significa que se uma pessoa não pagar uma fatura de 100 reais, por exemplo, empurrando a dívida para o rotativo, a cobrança de juros e encargos pelo banco nunca poderá ultrapassar os mesmos 100 reais iniciais, totalizando 200 reais, independentemente do prazo.
Das empresas adquirentes perspectiva, Goldman Sachs reforça que as novas regras não alteram a estrutura do parcelamento sem juros, o que era motivo de preocupação.
Entre os pontos de atenção, de acordo com o relatório divulgado por especialistas, o limite máximo das taxas poderia levar a consequências indesejadas, uma vez que os bancos poderiam desistir de oferecer essas linhas aos consumidores, violar o limite do cartão de crédito, oferta pode afetar diretamente os gastos do consumidor, já que os cartões de crédito representam 40% do o consumo das famílias. Além de contar com a adoção do cartão de crédito está diretamente ligada à inclusão financeira no Brasil e o governo poderá ver uma redução na arrecadação de impostos devido à redução da atividade econômica e impostos mais baixos sobre rendimentos/receitas de instituições financeiras.
"Em nossa opinião, queda e spreads sustentáveis só podem ser alcançados através da redução dos custos de financiamento, da carga fiscal e melhoria das garantias, entre outros fatores. No longo prazo, acreditamos que o Brasil precisaria mudar para um modelo de empréstimo de cartão de crédito mais tradicional, com uma porcentagem maior de linhas rotativas, a taxas de juros muito mais baixas. No entanto, dada a prevalência do interesse parcelas gratuitas, quaisquer mudanças estruturais seriam provavelmente difíceis de implementar", finalizam.