Investing.com – Com a aprovação pelo Conselho Curador do Fundo de Garantidor do Tempo de Serviço (FGTS) de medidas para ampliar o acesso a famílias ao programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, a expectativa é de que o setor imobiliário seja beneficiado, na visão de analistas.
Após o anúncio, o banco Santander (BVMF:SANB11) e a XP divulgaram relatórios aos clientes e ao mercado em que afirmam que as mudanças reforçam a visão positiva para as construtoras de baixa renda brasileiras.
De acordo com os analistas do Santander Fanny Oreng, Antonio Castrucci e Matheus Meloni, a iniciativa deve elevar a quantidade de competidores que atuam dentro do programa, mas também deve aumentar acessibilidade para famílias. “Este último, a nosso ver, deve potencialmente levar a maiores vendas sobre a oferta, bem como acelerar a recomposição da margem bruta das empresas”, reforçam.
Com as alterações, o novo teto de preço dos imóveis é de R$350 mil para todas as cidades do Brasil, o que pode resultar em mais 57 mil unidades contratadas por ano no programa a partir do ano que vem. A redução de juros para famílias que ganham até R$2 mil por mês também deve proporcionar maior acesso de pessoas dentro desta faixa de renda.
Além disso, o conselho do FGTS elevou o valor máximo de subsídios para entrada de famílias de baixa renda com renda de até R$4,4 mil/mês, passando de R$47,5 mil para R$55 mil.
“Acreditamos que esta medida terá um impacto de até 6,8% sobre a acessibilidade das famílias dentro desta faixa, dependendo do nível de renda”, completam os analistas.
Já a XP Investimentos (BVMF:XPBR31) aponta que as construtoras de baixa renda podem conquistar aumento da demanda, mas também expandir as margens operacionais. “Enxergamos as mudanças no programa habitacional como positivas para as empresas atuantes no segmento, uma vez que as alterações nos limites de preço do MCMV podem beneficiar as margens operacionais das companhias, com potencial impacto positivo na geração de caixa das construtoras”, afirmam Camilla Dolle, Mayara Rodrigues e Natalia Moura.
Às 16h (de Brasília) desta quarta, 21, as ações da MRV (BVMF:MRVE3) subiam 2,04%, a R$12,01, enquanto as da Direcional (BVMF:DIRR3) perdiam 2,13%, a R$18,42 e as da Cury estavam em baixa de 0,99%, a R$15,07.
Preço-alvo, segundo o InvestingPRO
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