Investing.com - Os investidores brasileiros começaram a se apaixonar pelo Nubank? Com essa indagação em relatório divulgado aos clientes e ao mercado, o banco BTG (BVMF:BPAC11) afirmou que nunca duvidou que a fintech poderia apresentar lucro e acredita que agora a maior parte dos agentes locais acredita no mesmo. O BTG lembra que os brasileiros ainda representam uma parcela muito modesta da base acionária do banco digital, com menos de 5%, mas acha que isso deve mudar. No entanto, com a alta de mais de 35% nas ações nos últimos 30 dias, o BTG ainda enxerga o Nubank (BVMF:NUBR33) com valuation muito exigente. Apesar dos avanços do roxinho na conquista de maior rentabilidade com ampliação do número de clientes, “grandes histórias não são necessariamente grandes investimentos”, pondera em relatório.
“Nosso problema não é necessariamente a avaliação múltiplo, mas o tamanho de seu valor de mercado de US$ 24 bilhões”, completam os analistas Eduardo Rosman, Ricardo Buchpiguel e Thiago Paura.
O banco destaca que o Nubank ainda foca em clientes com renda mais baixa e possui número limitado de produtos e serviços. Entre os três principais pilares do Nubank para este ano, apontados pela gestão da fintech, estão a aceleração do crédito pessoal e do crédito consignado; aumento da penetração em segmentos de alta renda e impulso da NuCuenta no México e na Colômbia.
Com o cenário macro de juros elevados, os analistas acreditam que o a relação risco/recompensa de possuir a ação não é boa o suficiente.
O BTG aumentou as projeções de lucro líquido para 2023-25 em 10%, 3% e 2%, respectivamente, e também subiu o preço-alvo de US$4,5 para US$5 para as ADRs. No entanto, manteve a recomendação neutra para os papéis.
Às 15h32 (de Brasília), as ADRs do Nu nos Estados Unidos subiam 0,73%, a US$4,82.
Enquanto isso, os BDRs caíam 2,60%, a R$4,12.