Investing.com – Analistas do Goldman Sachs (NYSE:GS) detalharam os últimos questionamentos de investidores a respeito dos níveis de provisões e inadimplência do Nubank (BVMF:ROXO34), em meio a debate sobre a qualidade dos ativos nos últimos meses. Na opinião do Goldman, “os níveis de provisão parecem mais do que suficientes para o risco”, conforme o banco apontou em relatório divulgado a clientes e ao mercado nesta quarta-feira, 21.
Os analistas detalham que a discussão tem sido porque as provisões diminuíram, enquanto os NPLs aumentaram, com deterioração na qualidade dos ativos. A visão pessimista de alguns analistas e investidores é de que o roxinho estaria assumindo mais risco, levando a um balanço com qualidade inferior.
“No entanto, achamos que o Nu se beneficiou de uma metodologia de perda esperada sob o IFRS que o força a registrar provisões antecipadamente, o que pode ser contracíclico às tendências reais de qualidade dos ativos”, ponderaram os analistas Tito Labarta, Tiago Binsfeld, Beatriz Abreu e Lindsey Shema.
Os NPLs mais altos teriam sido motivados por uma “combinação de empréstimos mais arriscada, mais do que a deterioração real, enquanto a empresa mencionou que a qualidade dos ativos é na verdade um pouco melhor do que o esperado e acelerou a originação de empréstimos pessoais em julho para R$5,2 bilhões com originação de empréstimos consignados de R$ 750 milhões, um recorde histórico para a empresa”, completaram os analistas do banco.
O Goldman ainda reforçou a recomendação de compra para as ações do Nubank, com preço-alvo de US$17, pois entende que a empresa está bem-posicionada para ganhar participação de mercado no Brasil e, eventualmente, no México.
Às 15h11 (de Brasília), as ações do Nubank recuavam 0,17%, a US$14,43, enquanto os Brazilian Depositary Receipts (BDRs) estavam estáveis, a R$13,13.
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