Por Karen Lema
MANILA (Reuters) - Recém-aposentado, o ícone do boxe Manny Pacquiao foi o primeiro a oficializar sua candidatura para se tornar o próximo presidente das Filipinas no início do período de registro para a disputa de milhares de cargos políticos no que se espera que será uma eleição altamente disputada em maio do ano que vem.
O período de registro, que dura uma semana e costuma ser um acontecimento festivo com grandes multidões, será mais discreto neste ano, já que restrições estão em vigor para combater a epidemia de Covid-19 mais mortífera da Ásia.
Pacquiao, que estava acompanhado pela esposa e por seu vice de chapa, o vice-presidente da Câmara dos Deputados, Lito Atienza, apresentou seu certificado de candidatura ao organismo eleitoral sem alarde e depois disse algumas palavras à mídia a respeito de seus planos, caso seja eleito.
"Minha prioridade é resolver a pandemia para podermos levar a economia à recuperação", disse Pacquiao.
A caminho do edifício de registros, ele foi saudado por dezenas de apoiadores que esperavam na calçada agitando cartazes que diziam "Lute, Pacman".
Pacquiao disse que não ficou perturbado com os resultados de uma pesquisa de opinião que o mostrou no quarto lugar entre os candidatos presidenciais, dizendo: "As vozes dos pobres não foram ouvidas".
Um dos maiores boxeadores da história e o único a ter títulos mundiais em oito categorias diferentes, Pacquiao cumpriu dois mandatos como parlamentar e atualmente é senador.
(Reportagem adicional de Neil Jerome Morales e Eloisa Lopez)