Por Jan Wolfe
WASHINGTON (Reuters) - Sete policiais do Capitólio dos Estados Unidos processaram nesta quinta-feira o ex-presidente Donald Trump, alegando que ele conspirou com grupos de extrema-direita para provocar o ataque de 6 de janeiro contra o Congresso, que deixou cinco mortos.
No processo aberto em um tribunal federal de Washington, os policiais alegam que o ataque foi a culminação de meses de retórica de Trump, que eles dizem que sabia do potencial de violência e que a incentivou ativamente na esperança de interromper a certificação da vitória eleitoral do presidente Joe Biden.
O processo alega que Trump conspirou com os grupos de extrema-direita The Proud Boys e The Oathkeepers, além de agentes políticos de extrema-direita como Roger Stone) e Ali Alexander, que divulgou o discurso de Trump perto da Casa Branca logo antes do ataque ao Capitólio.
"Trump, conjuntamente com outros acusados, fez e incentivou deliberada e persistentemente afirmações falsas de fraude eleitoral para desacreditar o resultado da eleição e incitar maliciosamente a revolta entre seus apoiadores", afirma o processo.
O caso é o mais recente de uma série de processos que tentam responsabilizar Trump pelo cerco de uma multidão de apoiadores dele ao Capitólio.
Quatro pessoas morreram no dia da invasão, uma baleada pela polícia e as outras três de causas naturais. Um policial do Capitólio que foi atacado por manifestantes faleceu no dia seguinte. Quatro policiais que participaram da defesa do Capitólio se mataram mais tarde.