Por Sudipto Ganguly e Iain Axon
TÓQUIO (Reuters) - As entidades administrativas do tênis levam a sério as questões de saúde mental, mas estão conscientes que precisam fazer mais para apoiar os jogadores nessa área, afirmou o presidente da Federação Internacional de Tênis, David Haggerty, à Reuters.
A saída de Naomi Osaka do Aberto da França em maio sublinhou a questão do bem-estar dos atletas e, depois de a ginasta norte-americana Simone Biles abandonar as provas por equipe e individual geral da Olimpíada esta semana para proteger sua saúde mental, o assunto voltou a ficar em foco.
“A saúde mental é muito, muito importante”, disse Haggerty, também membro do Comitê Olímpico Internacional (COI), em entrevista durante os Jogos.
“Normalmente trabalhamos com os circuitos dos homens e das mulheres para realmente assegurar que estejamos lá para os jogadores, que eles possam falar com alguém para ter ajuda se precisarem, de uma maneira adequada.”
“Mas achamos que podemos fazer melhor”.
Quando Osaka se posicionou em um primeiro momento dizendo que não falaria com a imprensa no Aberto da França para proteger sua saúde mental, os organizadores do Grand Slam no saibro a multaram em 15 mil dólares, após ela boicotar a entrevista coletiva depois de uma partida. Eles também se reuniram com os outros três Grand Slams para ameaçar expulsá-la de Roland Garros e impedi-la de entrar nos outros torneios.
Isso forçou Osaka a se retirar do Aberto da França e ela também revelou como havia sofrido para lidar com a depressão há muitos anos - e foi apenas nesse momento que as autoridades do tênis admitiram que precisavam fazer mais para ajudar os atletas.