MADRI (Reuters) - O presidente do Real Madrid, Florentino Pérez, nega ter tido qualquer influência na decisão do Barcelona de permitir que Lionel Messi deixasse o clube.
Messi deveria permanecer no time depois de concordar com uma redução salarial de 50%, mas na quinta-feira passada houve uma reviravolta dramática, e o atacante argentino se transferiu como agente livre ao time francês Paris St Germain na terça-feira.
O presidente do Barcelona, Joan Laporta, culpou os controles rígidos do Fair Play Financeiro (FPF) da liga espanhola pela decisão.
Mas Jaume Llopis, ex-membro do conselho do Espai Barca, o projeto de renovação de Camp Nou, entregou o cargo na esteira da partida de Messi e depois acusou Laporta de se curvar à vontade de Pérez.
"A saída de Messi é uma medida que ajuda Florentino. Imagine que (Kylian) Mbappé agora assine com o Real Madrid", disse ele ao jornal La Vanguardia.
Laporta foi convencido pelo novo CEO, Ferran Reverter, de que não pode assinar o acordo com a CVC (de 2,7 bilhões de euros em investimento na liga espanhola) além de manter o pacto da Superliga Europeia com Pérez.
"É uma coincidência que Reverter seja um amigo de longa data de Pérez e que, entre si, eles tenham conseguido convencer Laporta a mudar de ideia e parar as negociações."
Por meio de um comunicado emitido pelo Real, Pérez insistiu que só se encontrou com Reverter duas vezes, uma quatro meses atrás e outra no sábado passado em um jantar ao qual Laporta e o presidente da Juventus, Andrea Agnelli, também estavam presentes.
(Por Joseph Walker)