VENEZA (Reuters) - O produtor do novo filme de Roman Polanski, "The Palace", lamentou que ninguém quis comprar os direitos de distribuição do filme para Estados Unidos, Reino Unido e França, dizendo que moralidade não deveria interferir com a arte.
Um dos mais bem sucedidos diretores da sua geração, Polanski fugiu dos Estados Unidos após ser condenado por estuprar uma garota de 13 anos em 1977, um crime que ele admitiu.
Após o movimento #MeToo ganhar tração global em 2017, depois de alegações de abuso sexual contra o produtor norte-americano Harvey Weinstein, várias mulheres alegaram que Polanski também as havia agredido sexualmente quando eram adolescentes também.
Polanski, cidadão francês e polonês, negou as acusações que nunca chegaram aos tribunais, mas, desde então, ele teve dificuldades para fechar acordos globais de distribuição para os seus filmes, embora atores ainda estejam fazendo fila para trabalhar com ele.
"The Palace", uma comédia em um hotel povoado por um elenco de personagens grotescos, é estrelada por atores como Mickey Rourke, John Cleese, Oliver Masucci, Fanny Ardant e Joaquim de Almeida.
Polanski, que completou 90 anos mês passado, não está em Veneza para a estreia do seu filme, que não concorre ao principal prêmio do Festival de Cinema, o Leão de Ouro. Entre seus trabalhos anteriores como diretor estão "O Pianista", "O Bebê de Rosemary" e "Chinatown".
(Reportagem de Crispian Balmer)