PERTO DE HUWARA, Cisjordânia (Reuters) - Um suposto atirador palestino matou a tiros dois israelenses na Cisjordânia ocupada neste sábado, disseram os militares israelenses, em uma área de conflito que registra violência crescente há meses.
Os dois homens, pai e filho, foram mortos com tiros à queima-roupa em um lava-rápido na aldeia palestina de Huwara, de acordo com a emissora pública israelense Kan.
Os militares israelenses disseram que estavam fazendo buscas na área em busca do agressor e que montaram bloqueios em estradas nas proximidades do local do ataque. O serviço de ambulâncias de Israel confirmou que duas pessoas morreram no ataque.
A área de Huwara, no norte da Cisjordânia, foi palco de ataques letais anteriores contra israelenses e ataques de retaliação de colonos judeus contra palestinos, incluindo um tumulto na própria vila em fevereiro.
A violência na Cisjordânia piorou nos últimos 15 meses, com frequentes incursões israelenses e ataques palestinos nas ruas.
As perspectivas de reviver as negociações de paz mediadas pelos Estados Unidos que visavam estabelecer um Estado palestino na Cisjordânia, Gaza e Jerusalém Oriental permanecem sombrias quase uma década após seu colapso.
Israel capturou a Cisjordânia em uma guerra em 1967 e, desde então, construiu dezenas de assentamentos que são considerados ilegais pela maioria dos países, uma visão que Israel contesta, com seus militares no controle total de mais da metade do território.
Os palestinos têm autonomia limitada na Cisjordânia e permanecem divididos entre uma administração apoiada pelo Ocidente e islâmicos armados do Hamas que rejeitam a coexistência com Israel, enquanto muitos no atual governo de Israel rejeitam o Estado palestino.
O Hamas e outros grupos armados elogiaram o ataque em Huwara neste sábado.
(Reportagem de Maayan Lubell, em Jerusalém; Raneen Sawafta, perto de Huwara; e Nidal al-Mughrabi, em Gaza)
((Tradução Redação Rio de Janeiro))
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