Investing.com – As ações da fabricante de veículos elétricos Tesla (NASDAQ:TSLA) foram pressionadas neste ano, com uma queda de quase 30% em suas cotações – uma das piores performances do índice S&P 500. A companhia, uma das Sete Magníficas - as principais ações de companhias de tecnologia a nível global - vem sofrendo com revisões nas projeções de analistas, e o mercado volta a se surpreender de forma negativa após o anúncio de entregas operacionais consideradas fracas no primeiro trimestre, com 386.810 unidades. No entanto, modelos econômicos ainda apontam para um potencial de valorização dos papéis, de acordo com a plataforma InvestingPro.
Fonte: InvestingPro
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A queda nas entregas representa a primeira baixa desde segundo trimestre de 2020, durante a pandemia. Segundo o Wedbush, o dado foi "um desastre absoluto” e a empresa está em um momento crítico para dar “a volta por cima”, para evitar “dias mais sombrios pela frente”. O Bernstein acrescentou que espera queda nas unidades em relação ao ano anterior no segundo trimestre e que as entregas “e podem potencialmente cair no ano”.
Os analistas da Wells Fargo (NYSE:WFC) disseram que "dado o fraco início do primeiro trimestre, continuamos céticos quanto à possibilidade de crescimento das entregas em 2024 (ou 2025)". O banco Wells Fargo incluiu os papéis à sua lista de shorts (vendas a descoberto), em meio a cortes de estimativas de preços de diversos analistas antes mesmo da divulgação de dados operacionais da companhia gerida pelo bilionário Elon Musk e manteve a classificação como underperform, abaixo da média, equivalente à venda. A expectativa do banco é de que os volumes de vendas sejam reduzidos no ano que vem. A ação havia sido rebaixada no início de março, quando o Wells Fargo afirmou que a companhia era uma “empresa de growth, sem o crescimento”, indicando o termo utilizado para companhias com perspectivas robustas de expansão na receita e no lucro.
Em um cenário de maior cautela para o mercado de veículos elétricos para montadoras e empresas de aluguel de carros, com demanda reduzida, o sentimento em relação à Tesla piorou após a empresa indicar que o crescimento deve ser “notavelmente menor” em 2024. Para os próximos trimestres, a companhia afirma “que está no meio de duas grandes ondas de crescimento: a anterior, com a expansão global dos modelos 3 e Y e a próxima, com a nova geração de veículos, notadamente a tão esperada Cybertruck, que enfrenta diversos desafios no processo produtivo”, destaca a XP (BVMF:XPBR31) em relatório após a divulgação do balanço do quarto trimestre.
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Ainda assim, há analistas que enxergam um futuro melhor para a companhia. Analista da Wedbush, por exemplo, avalia que “não é o momento de desistir da Tesla”, pois espera uma retomada das margens nos próximos trimestres. O Citi cortou o preço-alvo para a Tesla para US$196 de US$ 224, mas mantém uma classificação neutra para o papel.
Às 07h08 (de Brasília), as ações subiam 0,71% a US$169,58 no pré-mercado em Wall Street.
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O que diz o InvestingPro
O InvestingPro, plataforma premium do Investing.com, estima um preço-justo de US$193,43 para as ações da Tesla, um potencial de alta de 15,7%, com grau de incerteza médio. O preço-justo da plataforma leva em consideração doze modelos de investimentos. O alvo de 39 analistas é levemente mais otimista, a US$195,59.
Fonte: InvestingPro
A companhia vem sendo impactada nos últimos seis meses e é negociada com múltiplo de preço frente ao valor patrimonial elevado, ainda conforme o InvestingPro. As Protips, que são insights de inteligência artificial (IA) que resumem indicadores fundamentalistas, indicam ainda que a empresa foi lucrativa nos últimos doze meses e gerou alto retorno na última década.
Fonte: InvestingPro
A saúde financeira da Tesla é avaliada como bom desempenho, com nota três, de métrica que vai de um a cinco, conforme o InvestingPro.
Fonte: InvestingPro
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