Por Christian Radnedge
SYDNEY (Reuters) - A Inglaterra não conseguiu sequer se classificar para a Copa do Mundo Feminina no ano em que Sarina Wiegman se aposentou como jogadora, mas duas décadas depois, a ex-defensora holandesa que virou técnica e as inglesas estão próximas do primeiro título mundial.
Wiegman não era uma desconhecida quando se tornou treinadora da Inglaterra em 2021, tendo levado a Holanda ao seu primeiro título importante na Euro 2017 e depois à final da Copa do Mundo, dois anos depois.
No entanto, a transformação da seleção inglesa desde então foi notável, com um triunfo em casa na Euro do ano passado e agora a primeira decisão de Copa do Mundo contra a Espanha, em Sydney, no domingo.
"Ela não é ruim, né?", disse a defensora Lucy Bronze sobre a treinadora de 53 anos de fala mansa, após a vitória na semifinal sobre a co-anfitriã Austrália.
A palavra "gênio" é frequentemente usada entre as inglesas, enquanto a frase "em Sarina confiamos" se tornou um mantra na Inglaterra entre torcedores e especialistas.
"Ela é uma treinadora fenomenal, ela é um gênio, ela não recebe crédito suficiente, é ótimo jogar para ela", disse a jogadora Rachel Daly com entusiasmo.
Superar a adversidade tem sido uma característica definidora das equipes de Wiegman, com a Inglaterra superando todos os desafios apresentados ao longo das quatro semanas do torneio, com uma eficiência calma e implacável.
"Acho que as expectativas na Inglaterra têm sido altas o tempo todo, mas depois de vencer a Euro, elas subiram ainda (mais)", disse Wiegman na quarta-feira.
Infalivelmente modesta, a holandesa pode ser elevada a quase santidade na Inglaterra caso sua equipe vença no domingo. Mesmo que percam, o que pode assustar os rivais é que, com apenas dois anos no cargo, Wiegman está apenas começando.