Por Ricardo Brito
BRASÍLIA (Reuters) - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realizou nesta segunda-feira a primeira reunião da Comissão de Transparência das Eleições, criada para ampliar a segurança e a transparência de todas as etapas de preparação e realização dos pleito, em meio a ataques do presidente Jair Bolsonaro quanto à integridade das urnas eletrônicas.
A comissão tem por objetivo aumentar a participação de especialistas, autoridades e instituições na avaliação do processo eleitoral.
No evento, o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, destacou as principais fases e etapas de segurança do processo, ressaltando a participação e agradecendo a presença dos integrantes da comissão.
"Trabalhando com boa vontade, com boa fé e com total liberdade para sugerir aberta e livremente ações de planejamento e de acompanhamento de cada uma das etapas do processo eleitoral", disse ele, segundo a assessoria do tribunal.
A comissão vai contar com a participação de representantes das Forças Armadas --o comandante de Defesa Cibernética, general Heber Garcia Portella--, do Congresso, do Tribunal de Contas da União, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da Polícia Federal e do Ministério Público Eleitoral.
A comissão, que terá 12 membros no total, ainda contará com outros seis especialistas em tecnologia da informação e da sociedade civil.
A iniciativa foi adotada dias após Bolsonaro ter voltado a insistir na adoção do voto impresso para urnas eletrônicas.
Barroso tem sido um dos alvos preferenciais dos ataques de Bolsonaro à cúpula do Judiciário. Mesmo após a proposta de impressão do voto ter sido rejeita pelo plenário da Câmara, o presidente segue defendendo a adoção da medida com declarações, sem apresentar provas, de que o atual modelo é passível de fraudes, além de ameaçar que poderia não aceitar o resultado.