RIO DE JANEIRO (Reuters) - O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral e a mulher dele, Adriana Ancelmo, tornaram-se réus nesta terça-feira junto a um grupo de pessoas ligadas ao ex-governador após a Justiça Federal acatar denúncia feita pelo Ministério Público Federal , informou o MPF.
Cabral, a ex-primeira-dama e outras 11 pessoas próximas ao ex-governador são acusados de terem montado um esquema de propina que teria desviado ao menos 224 milhões de reais de três obras realizadas no Estado, na época em que Cabral governou o Estado.
Eles foram denunciados pelos crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
O ex-governador foi preso no mês passado na operação Calicute, realizada pela Polícia Federal no Rio de Janeiro com base em investigações da força-tarefa da Lava Jato. Nessa terça, a Justiça determinou a prisão preventiva da ex-primeira-dama e ela já está sob custódia das autoridades.
Segundo as investigações, a propina recebida pelo grupo de Cabral era lavada em jóias e obras de arte.
“O oferecimento da denúncia justificou-se em razão das novas provas obtidas após a deflagração da operação Calicute, que revelaram o seu papel de extremo protagonismo no núcleo financeiro operacional da organização criminosa”, informou o MPF em nota à imprensa.
(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)