(Reuters) - A nova fase da operação Lava Jato deflagrada nesta quinta-feira, que prendeu três ex-gerentes da Petrobras (SA:PETR4) acusados de receberem mais de 100 milhões de reais em propina, deixa claro que ainda há "muito trabalho" a ser feito na estatal para revelar possíveis casos de corrupção, afirmou o procurador Carlos Fernando do Santos Lima, um dos principais integrantes da força-tarefa da operação.
"Nada garante que nós tenhamos hoje realmente uma empresa limpa de toda a corrupção do seu passado", disse Lima a repórteres em entrevista coletiva em Curitiba sobre a 40ª fase da Lava Jato.
De acordo com os investigadores, a nova fase da operação descobriu irregularidades em ao menos 15 contratos da Petrobras com fornecedores, principalmente de dutos e construção de terminais de gás, que totalizam 5 bilhões de reais. Segundo o Ministério Público, houve pagamento de propina ao menos até junho do ano passado.
(Por Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro)