BRASÍLIA (Reuters) - O senador afastado Aécio Neves (MG) anunciou nesta quinta-feira que decidiu se licenciar da presidência do PSDB para se defender das acusações divulgadas contra ele na véspera, com notícia de que teria sido flagrado pedindo 2 milhões de reais ao empresário Joesley Batista, um dos controladores da JBS (SA:JBSS3).
"Me dedicarei diuturnamente a provar a minha inocência e de meus familiares para resgatar a honra e a dignidade que construí ao longo de meus mais de 30 anos de vida dedicada à política e aos mineiros em especial", disse Aécio em nota, indicando o senador Tasso Jereissati (CE) para assumir interinamente o comando da sigla.
Nesta manhã, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu afastar Aécio do mandato, alvo nesta quinta-feira de operação da Polícia Federal, que cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços no Rio de Janeiro e em Minas Gerais e em seu gabinete no Congresso Nacional. [nL2N1IK0CT]
Em nota, a defesa de Aécio disse que o encontro entre o tucano e Joesley foi "exclusivamente de uma relação entre pessoas privadas" e que o dinheiro pedido pelo senador para cobrir custos de sua defesa não impunha qualquer contrapartida. [nL2N1IK1MF]
(Reportagem de Ricardo Brito)