RIO DE JANEIRO (Reuters) - O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) afirmou que espera fechar, até o fim mês, o seu ministeriado e que a escolha dos ministros que ainda faltam será resultado de uma conversa com bancadas e não de indicação de partidos.
Os nomes para muitos ministérios já foram definidos. Mas falta, por exemplo, saber quem comandará o Ministério de Minas e Energia, estratégico em um país como o Brasil, grande exportador de commodities.
"Até o fim do mês, espero ter resolvido essa questão de ministério", disse ele após participar de um evento em uma unidade militar na Urca, Zona Sul do Rio de Janeiro.
"Tenho conversado com bancadas e as bancadas é que tem indicado e não partidos."
Na véspera, o presidente eleito havia afirmado que não tinha pressa para fechar o seu ministeriado, embora tenha manifestado que já gostaria de ter definido todos os nomes.
Bolsonaro afirmou que o critério de escolha leva em conta também um perfil de pessoas isentas, honestas, independentes, que pensem no Brasil "e não na agremiação partidária".
Ao ser questionado se teria dificuldades nesse critério de escolha de ministros para obter apoio em votações importantes no Congresso a partir de 2019, ele acrescentou que foi eleito para fazer uma nova política.
"Decidi que faria uma política diferente; vai dar certo!?: Espero que sim. Agora, para fazer a mesma política, seria dar errado", frisou.
Sobre a ideia levantada pelo futuro ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, de fazer um revalida --exame nacional de revalidação de diplomas-- para os médicos brasileiros, Bolsonaro disse ser contra.
"Ele está sugerindo o Revalida com certa periodicidade, mas sou contra", disse Bolsonaro, que deverá voltar à Brasília na terça-feira.
(Por Rodrigo Viga Gaier)