Freetown, 31 mar (EFE).- Os colégios eleitorais abriram neste sábado, em Serra Leoa, às 7h (hora local), para a realização do segundo turno onde os eleitores terão que decidir entre o candidato do governo, Samura Kamara, e da oposição, Julius Maada Bio.
Cerca de 3,2 milhões de eleitores são chamados às urnas nesta pequena nação da África ocidental.
A votação acontecerá até às 17h (hora local) nos 3,3 mil colégios eleitorais distribuídos pelo território nacional.
Em vários lugares, os eleitores fazem desde às 5h (hora local).
Fouad Kamara, um jovem que vota pela primeira vez, disse à Agência Efe que quer "escolher o presidente que vai liderar o país nos próximos cinco anos" e pediu que "todo mundo vote e faça em paz".
A situação em geral é tranquila e a polícia mantém um destacamento policial para garantir que a jornada aconteça pacificamente, como aconteceu no dia 7 de março durante o primeiro turno, apesar da tensão política e da possibilidade do partido governante perder a presidência.
As ruas da capital, Freetown, habitualmente imersas em intermináveis engarrafamentos e sempre cheias de gente, amanheceram hoje praticamente vazias, devido à proibição da circulação de veículos não autorizados pela Comissão Nacional Eleitoral (NEC).
Kamara, cabeça de lista do governante Congresso de Todo Povo (APC), e Bio, líder do Partido do Povo de Serra Leoa (SLPP), não conseguiram no primeiro turno o mínimo de votos, e ficaram com 42,7% e 43,3%, respectivamente.
Este segundo turno estava planejada para o dia 27 de junho, mas um recurso judicial apresentado pelo advogado Ibrahim Sorie Koroma, vinculado ao APC, onde ele exigiu uma auditoria dos sistemas internos e da apuração da Comissão, forçou o adiamento dessas novas eleições.
Kamara, ex-governador do Banco Central e ex-ministro das Finanças e Relações Exteriores, e Bio, um militar que deu um golpe de Estado em 1995 e governou por dois meses e meio, tentam suceder Ernest Bai Koroma, que, após 11 anos no poder, completa seus dois mandatos permitidos constitucionalmente.
Na última segunda-feira, o Tribunal Superior de Justiça decidiu a favor da NEC e autorizou a realização das eleições, mas foi precipitada demais para que as cédulas e urnas ficassem prontas a tempo.