BUENOS AIRES (Reuters) - O Congresso da Argentina pode aprovar nesta segunda-feira uma proposta polêmica de reforma previdenciária, disseram parlamentares a repórteres, enquanto manifestantes se reuniam na capital e sindicalistas convocavam uma greve de 24 horas para protestar contra a proposta.
O debate sobre o projeto de lei foi suspenso na quinta-feira em meio a manifestações violentas, que foram contidas pela polícia com balas de borracha e gás lacrimogêneo. Na sexta-feira, o governo emendou a proposta e incluiu o pagamento de um bônus aos aposentados mais necessitados.
"Será um pagamento de bônus único feito em março", disse o parlamentar opositor Agustín Rossi (SA:RSID3) a repórteres.
Líderes sindicais e ativistas da oposição dizem que a legislação prejudicará os aposentados.
A greve de um dia convocada pela central sindical CGT, a maior do país, começou ao meio-dia local, mas não se espera que afete o sistema de transportes argentino até o final da noite desta segunda-feira, permitindo que os trabalhadores voltem para casa de tarde.
O projeto de lei, essencial para os esforços do presidente Mauricio Macri para diminuir os custos das empresas e reduzir o déficit fiscal da Argentina, já foi aprovado no Senado, deixando a aprovação legislativa final por conta da Câmara.
(Por Hugh Bronstein)