BUENOS AIRES (Reuters) - O governo argentino tentará fazer com que o Congresso discuta em fevereiro, em sessões extraordinárias, um projeto de reforma trabalhista que almeja reduzir custos para as empresas visando a um aumento de investimentos, disse nesta quinta-feira o chefe de gabinete do ministério.
A iniciativa --que segundo cálculos de empresários poderia diminuir os encargos trabalhistas em até cerca de 35 por cento--é parte de um pacote de reformas propostas pelo presidente Mauricio Macri que inclui uma reforma tributária e uma previdenciária que foram aprovadas neste mês pelo Congresso."A reforma trabalhista, acertada com a (central sindical) CGT, todo esse pacote de leis, esperamos poder debatê-los também no marco do diálogo nas sessões extraordinárias de fevereiro, e acreditamos que serão um complemento muito bom ao que conseguimos agora", disse o chefe de gabinete Marcos Peña.
O projeto, que o governo considera essencial para impulsionar a economia, recebeu críticas de alguns sindicatos e de parte da oposição, que veem a proposta como um retrocesso nas condições trabalhistas.A flexibilização das rígidas normas trabalhistas locais, a redução dos litígios por demissões ou acidentes e uma redução nos pagamentos feitos pelas empresas para a seguridade social são algumas das demandas feitas pelo setor privado para incrementar seus investimentos.A iniciativa oficial para modificar o sistema previdenciário gerou questionamentos fortes e manifestações violentas nos arredores do Congresso, onde finalmente a medida obteve a aprovação dos parlamentares.(Por Juliana Castilla e Maximiliano Rizzi)