Democratas aumentam pressão após recusa de secretário de Justiça a depor ao Congresso dos EUA

Publicado 02.05.2019, 08:28
Atualizado 02.05.2019, 08:30
© Reuters. Secretário de Justiça e procurador-geral dos Estados Unidos, William Barr, em Washington

Por Sarah N. Lynch

WASHINGTON (Reuters) - A recusa do secretário de Justiça e procurador-geral dos Estados Unidos, William Barr, a depor em uma audiência da Câmara dos Deputados nesta quinta-feira intensificou as tensões com os democratas que investigam seu papel na divulgação do relatório do procurador especial Robert Mueller sobre a interferência russa na eleição norte-americana de 2016.

Barr disse na quarta-feira que não comparecerá à audiência do Comitê Judiciário da Câmara, comandado por democratas, devido a um desentendimento com o presidente do colegiado, Jerrold Nadler, quanto ao formato da audiência.

Nadler disse a repórteres que a audiência acontecerá, na esperança de que Barr reconsidere sua posição. Democratas do comitê prometeram emitir uma intimação na tentativa de forçar Barr a depor se ele não aparecer.

Em uma audiência no Senado na quarta-feira, Barr defendeu a maneira como tratou o relatório Mueller sobre interferência russa a favor do presidente Donald Trump na eleição de 2016 e sobre a questão de Trump ter ou não tentado obstruir o inquérito Mueller subsequentemente.

O relatório Mueller detalha uma série de atos de Trump para impedir o inquérito sobre a Rússia, sem concluir se estas ações constituem um crime de obstrução, mas aponta que Trump e sua campanha não se envolveram em uma conspiração criminosa com Moscou.

Barr passou a ser criticado por sua caracterização do relatório em um sumário que emitiu em 24 de março, várias semanas antes de o relatório ser divulgado, que Trump aproveitou para declarar que foi totalmente exonerado.

O comitê da Câmara é um de vários que investigam Trump, seu governo e seus interesses comerciais.

© Reuters. Secretário de Justiça e procurador-geral dos Estados Unidos, William Barr, em Washington

A decisão de Barr veio à tona horas depois de o comitê adotar um formato mais agressivo que sujeitaria o secretário de Justiça a uma hora adicional de perguntas de advogados do comitê, além das perguntas de parlamentares democratas e republicanos do organismo.

Uma porta-voz do Departamento de Justiça disse em um comunicado emitido na quarta-feira que o comitê estabeleceu condições "inéditas e desnecessárias" para o depoimento de Barr e classificou as perguntas apresentadas pela equipe do comitê como inadequadas.

O governo Trump vem contestando em várias frentes os pedidos de documentos e depoimentos feitos pelo Congresso. Ainda na quarta-feira, o Departamento de Justiça disse que não obedecerá uma intimação que pede a íntegra do relatório Mueller e arquivos investigativos subjacentes ao inquérito.

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