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Dilma admite erros político e econômico e diz que irá se defender de acusações

Publicado 18.08.2016, 18:18
© Reuters. Presidente afastada Dilma Rousseff lê carta à nação no Palácio da Alvorada, em Brasília

Por Maria Carolina Marcello

BRASÍLIA (Reuters) - A presidente afastada Dilma Rousseff reconheceu nesta quinta-feira erros nos campos político e econômico cometidos à frente da Presidência da República, e afirmou que irá se defender dos processos contra ela na Justiça e no Senado.

“Posso dar dois exemplos”, disse Dilma em entrevista a agências internacionais, ao ser questionada a que erros se referia em carta divulgada na terça-feira. “O político é que visivelmente eu errei na escolha do meu vice-presidente... isso é óbvio."

    "E acho que todo o processo que fizemos de redução de imposto beneficiando o setor empresarial não resultou em ganhos para o conjunto da economia”, disse em entrevista a agências internacionais no Palácio da Alvorada.

    A poucos dias do embate final que decidirá se continua na Presidência ou se será condenada por crimes de responsabilidade e ficará 8 anos inelegível, Dilma confirmou que irá ao Senado no dia 29, quando será interrogada por senadores, pela acusação e por sua defesa, além do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski. O Senado deve iniciar o julgamento final no dia 25, mas a previsão é que a presidente afastada compareça no dia 29.

    Ainda que considere um golpe todo o processo que vem sofrendo, a petista garantiu que participará de todas as etapas e oportunidades para discutir, justamente para “oxigenar” e “ampliar” a democracia.

    “Seria um equívoco monumental entregar a democracia como campo de debate para outro, para os golpistas”, defendeu a presidente, vestida com uma blusa vermelha. “Supor que eu não possa ir, que eu não possa falar e dar a eles o monopólio dos espaços democráticos? A troco de que eu vou fazer isso?”

ÁRVORE DA DEMOCRACIA

    Ao distinguir o processo atual de um golpe militar como o ocorrido em 1964, Dilma fez uma analogia comparando a democracia a uma árvore.

    “No caso deste aqui, que a literatura chama de golpe parlamentar, não é como um machado que corta a árvore da democracia”, disse. “É como se parasitas e fungos a infestassem.”

A presidente afastada aproveitou para criticar novamente as gravações telefônicas entre ela e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que originaram o inquérito autorizado nesta semana pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e afirmou que em “nenhum país do mundo” pode-se gravar um presidente da República sem autorização.

    “Eu vou me defender”, disse sobre a investigação, afirmando que caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ganhasse o status de ministro não deixaria de ser investigado, uma vez que estaria sujeito ao STF.

Embora tenha afirmado que encara com “naturalidade” a abertura do inquérito, a petista acusa a utilização de vazamentos como instrumento político, tendo como alvo o PT.

    Sobre seu partido, de quem garante, não faltou apoio, Dilma o classifica como alvo de criminalização e de tentativas de aniquilação. Afirmou enfaticamente, no entanto, que a sigla saberá “superar” problemas.

    “Não há hipótese de o PT desaparecer, porque ele tem uma forte implantação na realidade política brasileira”, disse. “Agora não significa... que ele não tenha de sempre estar atento à realidade para tomar posições, para tirar ensinamentos, para ampliar rumos.”

    Ao defender a legenda, a presidente afastada afirmou que graças aos governos do partido foi constituída uma estrutura de investigação e combate à corrupção e que não se pode confundir a Lava Jato com o PT.

© Reuters. Presidente afastada Dilma Rousseff lê carta à nação no Palácio da Alvorada, em Brasília

    Dilma disse ainda “que não é possível tapar o sol com a peneira” sobre a situação política do país, razão pela qual defende a realização de um plebiscito sobre antecipação das eleições e sobre uma ampla reforma política.

    O desfecho do impeachment, afirma a presidente, caso seja como ela diz pela “condenação de um inocente”, servirá para levar ao poder, por eleição indireta, “um programa que não passaria pelas urnas”.

“Não tem como... se quiserem pacto democrático, ele é baseado no voto popular”, afirmou.

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