SÃO PAULO (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff não descartou a utilização das reservas internacionais do país para reativar a economia, em entrevista nesta sexta-feira ao site UOL (SA:UOLL4), e disse que podem haver "momentos" em que o uso desses recursos seja uma "hipótese".
De acordo com o portal, Dilma disse não ser a favor desse mecanismo, mas também negou ser contra.
"É diferente... Se eu sou contra, eu sou contra conceitualmente, profundamente. Eu não acho adequado fazer isso agora", disse a presidente, segundo o UOL.
"Não é sagrado isso. Tem momentos em que isso possa vir a ser colocado como uma hipótese", acrescentou.
A presidente também defendeu na entrevista medidas como a recriação da CPMF, a prorrogação da Desvinculação de Receitas da União (DRU) e o imposto sobre juros sobre capital próprio (JCP) e ganhos de capital.
"Ou isso ou a extrema dificuldade. Nós teremos necessariamente de fazer como todos os países do mundo: redução de gastos com aumento de receitas", disse, segundo o site.
Dilma disse ainda que sem a recriação da CPMF é "inexorável" a criação de mais impostos, e voltou a fazer um afago ao Congresso, onde tem enfrentado dificuldades e de quem depende a recriação da CPMF, afirmando que, quando chamados, os parlamentares colaboraram com o país.
(Por Eduardo Simões)