SÃO PAULO (Reuters) - O governador eleito de São Paulo, João Doria, afirmou nesta segunda-feira que o projeto de construção de uma linha férrea para desafogar o trânsito de passageiros e cargas das ferrovias que atendem a região metropolitana, o chamado Ferroanel, será realizado em regime de Parceria Público-Privada (PPP).
Doria fez o anúncio durante entrevista para anunciar novos nomes para seu governo, entre eles o do atual ministro das Cidades, Alexandre Baldy, para a secretaria de Transportes.
"Não falta interessado. Vai ser feito por PPP. Há muito interesse no projeto, de investidores chineses, do médio oriente e europeus, particularmente da Espanha", disse Doria a jornalistas. "Os investimentos serão capitalizados com recursos internacionais", acrescentou.
Na pauta de projetos da companhia estadual de logística Dersa está o Ferroanel Norte, um projeto de ramal ferroviário de 53 quilômetros que correrá paralelo com o traçado do rodoanel. A implantação do projeto permitirá que os trens de carga que hoje compartilham os mesmos trilhos com os trens de passageiros da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) sejam desviados. Hoje, as composições de passageiros precisam esperar o tráfego de carga antes de seguirem viagem.
O ramal permitirá a movimentação de cargas do interior do Estado para o Porto de Santos, bem como a passagem de comboios entre o interior e o Vale do Paraíba, segundo a Dersa, que estima em investimento no projeto de 3,4 bilhões de reais.
Durante a coletiva, Baldy afirmou que "as condições (da economia) do Brasil tendem a ser melhoradas e existem inúmeros investidores interessados em projetos de mobilidade urbana".
(Por Alberto Alerigi Jr.)