Ex-candidato do Novo a prefeito do Guarujá é investigado pela PF por elo com PCC

Publicado 12.03.2025, 12:48
Atualizado 12.03.2025, 16:10
© Reuters.  Ex-candidato do Novo a prefeito do Guarujá é investigado pela PF por elo com PCC

O empresário Cláudio Fernando Aguiar, que foi candidato a prefeito de Guarujá (litoral de São Paulo) pelo Partido Novo em 2024, é investigado pela Polícia Federal por suspeita de envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Policiais federais fizeram buscas na casa dele nesta terça-feira, 11, na Operação Emergentes.

O Estadão pediu manifestação do político e do Partido Novo, o que não havia ocorrido até a publicação deste texto. O espaço segue aberto

O nome de Cláudio surgiu na investigação a partir da quebra do sigilo da nuvem de Bruno Costa Calixta, conhecido como Boy ou Cachoeira, apontado como "disciplina" do PCC no Guarujá.

O contato do empresário estava salvo no celular de Calixta como "Dr Claudio Irmão", o que segundo a Polícia Federal permite "inferir algum tipo de ligação" dele com a facção, "em virtude de a nomenclatura ’irmão’ ser comumente utilizada pelos integrantes da organização criminosa".

A PF também encontrou conversas entre Cláudio e Calixta, além de vídeos em que os dois aparecem juntos em um haras. Em uma mensagem, o político afirma: "Mal sabe ele que a gente é mais bandido que ele 50 vezes".

Em outro diálogo, Bruno Calixta fala sobre a amizade com Cláudio: "Nossa amizade vai além de um jantar né, Doutor? Então, contigo eu posso ficar um mês sem te ver, mas a gente vê quem é amigo. Aquele que, sem estar na nossa frente, não fica falando mal da gente, né?"

Em 2024, Cláudio teve 5.342 votos no primeiro turno e não conseguiu uma vaga no segundo turno da eleição para prefeito de Guarujá. Ele também foi candidato a deputado estadual pelo PL em 2022 e a governador pelo PMN em 2018.

A Operação Emergentes fez buscas em 26 endereços em São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Um mandado de busca e apreensão também foi cumprido em Portugal. Foram expedidos ainda mandados de prisão contra sete investigados e determinadas medidas de bloqueio e sequestro de bens e valores.

A investigação que levou a PF a deflagrar a Emergentes foi aberta em abril de 2024 a partir da Operação Sólis. A Polícia Federal mira um esquema de tráfico internacional de drogas. Segundo a PF, cargas de cocaína estavam sendo escondidas em cascos de navios com o auxílio de mergulhadores recrutados pelo PCC.

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