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Governo deve evitar aprovar reforma radical da Previdência, diz CEO da SulAmérica

Publicado 05.12.2018, 17:36
Atualizado 05.12.2018, 17:40
© Reuters.  Governo deve evitar aprovar reforma radical da Previdência, diz CEO da SulAmérica
SULA11
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SÃO PAULO (Reuters) - Embora seja necessária e urgente, uma reforma da Previdência no Brasil deve ser cuidadosa para não criar novos problemas, inclusive sociais, disse nesta quarta-feira o presidente-executivo da SulAmérica (SA:SULA11), Gabriel Portella.

"É um assunto complexo, não acho recomendável que se faça uma reforma radical", disse Portella durante encontro anual da SulAmérica com jornalistas. "Uma reforma nos moldes da que foi feita no Chile não deveria ser um modelo aqui", complementou.

As declarações do executivo surgem num momento em que a equipe econômica do presidente eleito Jair Bolsonaro, sob a batuta do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, tem eleito a reforma da previdência como um dos principais objetivos para reduzir a grave crise fiscal do país.

Com 39 bilhões de reais em recursos sob gestão, a SulAmérica é também uma das 10 maiores gestoras de fundos de previdência complementar aberta no país, segundo dados da Anbima.

Nos últimos anos, representantes da indústria de fundos têm mostrado grande interesse na reforma previdenciária, dado que as propostas mais discutidas no Legislativo incluem a adoção de um modelo misto dos sistemas de repartição, sob gestão do governo, e de capitalização, privado.

Até o ano passado, diante da perspectiva da aprovação de uma reforma previdenciária no Congresso Nacional, o mercado privado vinha registrando fortes captações líquidas. Neste ano, após o governo do presidente Michel Temer ter abandonado o plano de aprovar a reforma, o mercado perdeu força.

Uma ideia que tem sido defendida por Guedes é a troca do sistema atual de repartição, em que os trabalhadores da ativa pagam os benefícios da geração anterior, pelo de capitalização, em que cada cidadão paga seu próprio plano.

É um modelo parecido com o aprovado no Chile em 1981, no qual cada trabalhador deposita ao menos 10 por cento do salário por no mínimo 20 anos para se aposentar e não há contribuições dos empregadores ou do governo.

Tido no passado como um modelo a ser seguido, o sistema chileno tem sido mais recentemente criticado, já que a grande maioria dos cidadãos que têm se aposentado por esse modelo recebe de aposentadoria menos do que o salário mínimo do país.

"Agora, o Chile terá que fazer outra reforma da previdência", disse Portella. "É uma experiência que tem que ser observada para que os mesmos erros não se repitam aqui".

Segundo ele, a equipe de Guedes já tem conversado com entidades de classe do sistema privado de previdência e tem sido sensível às propostas do setor ao elaborar o projeto de reforma que será enviado ao Congresso.

(Por Aluísio Alves)

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