Por Chris Khan
NOVA YORK (Reuters) - A provável candidata democrata à Presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton, ampliou a vantagem sobre o provável indicado republicano, Donald Trump, para 13 pontos percentuais, de acordo com uma pesquisa de intenção de voto Reuters/Ipsos divulgada na terça-feira.
A sondagem feita entre 1º e 5 de julho inclui respostas obtidas em sua maioria durante o fim de semana prolongado do Dia da Independência dos EUA (4 de julho) e antes de o FBI ter recomendado, também na terça, que Hillary não seja acusada criminalmente pelo uso de um servidor de e-mail pessoal e pelo que afirmou ter sido o manuseio "extremamente descuidado" de material sigiloso em seus servidores quando era secretária de Estado dos Estados Unidos.
A provável indicada democrata tinha 9 pontos percentuais de dianteira sobre o empresário nova-iorquino em um levantamento Reuters/Ipsos anterior realizado entre 27 de junho e 1o de julho.
A pesquisa divulga na noite de terça-feira revelou que 46 por cento dos prováveis eleitores apoiam Hillary, e 33 por cento aprovam Trump. Vinte e dois por cento disseram que não irão votar em nenhum dos dois na eleição de 8 de novembro.
Hillary vem sendo assombrada pelo escândalo de e-mails durante toda a campanha, e nos últimos meses entregou milhares de páginas de mensagens a investigadores e colaborou com diversos inquéritos do governo.
A ex-primeira-dama vem repetindo que jamais enviou ou recebeu documentos sigilosos em seus servidores pessoais, mas o público parece desconfiar de Hillary, segundo a sondagem Reuters/Ipsos. No início de maio, 63 por cento dos norte-americanos, entre eles 36 por cento de democratas, disseram não acreditar que ela é "honesta e sincera".
Mas Hillary tem estado à frente de Trump durante a maior parte do ano entre os eleitores prováveis –- o voto é facultativo nos EUA. Desde meados de maio, ela vem mantendo um nível de apoio relativamente consistente, enquanto a popularidade de Trump vem diminuindo em meio aos vários problemas que sua campanha enfrenta.
O nível de apoio ao magnata entre os eleitores prováveis estava cerca de 10 pontos abaixo do que o indicado republicano de 2012, Mitt Romney, desfrutava no início de julho daquele ano.
Entre os apoiadores de Hillary, quase metade afirmou que a endossa porque "não quer que Donald Trump vença". Outros 39 por cento disseram "concordar com suas posições", e cerca de 13 por cento afirmaram "gostar dela como pessoa".
A pesquisa nacional feita pela internet com 1.441 adultos tem uma margem de erro de 3 pontos percentuais.