👀 Não perca! As ações MAIS baratas para investir agoraVeja as ações baratas

Jungmann considera "razoável" Temer se candidatar dependendo de melhora na área da segurança

Publicado 28.02.2018, 19:17
© Reuters. Ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, durante entrevista coletiva em Brasília

Por Ricardo Brito

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro Extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann, admitiu nesta quarta-feira, em sua primeira entrevista coletiva, considerar razoável que o presidente Michel Temer se candidate à reeleição a partir de uma eventual melhora na área que passou a comandar.

"É dever do homem público atender as demandas populares. Se isso o beneficia, é uma questão secundária. Agora, se há um beneficio nesses termos é razoável que isso aconteça (se candidate)", disse Jungmann.

Em duas horas de entrevista, o ministro apresentou uma série de iniciativas que pretende levar adiante na sua gestão. Ele classificou o tempo no ministério como "curto" e que a caminhada será árdua.

Inicialmente, Jungmann disse ter havido um acerto com o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, para que os recursos para a área de segurança pública não sejam contingenciáveis, isto é, possam sofrer ao longo do ano restrições orçamentárias para a sua liberação.

Segundo ele, a pasta deverá ter 2,7 bilhões de reais em verba em 2018, recursos que serão deslocados da pasta da Justiça. Jungmann não fez, entretanto, anúncio de novos repasses --disse que isso deverá ser feito em breve pelo presidente Michel Temer.

O ministro disse, por exemplo, que pretende acelerar a construção de penitenciárias, se valendo até do programa de investimentos do governo federal, e também firmar parcerias com os Estados para a construção de presídios. A intenção é que as unidades da Federação terão de se comprometer com contrapartidas para receberem recursos.

Jungmann defendeu que, para conseguir a verba, em dois anos, não poderá haver mais de 2 por cento do efetivo total dos policiais em atividades administrativas. Ele citou o caso do Rio de Janeiro, que tem mais de 2 mil policiais em atividades internas ou até mesmo em outros órgãos.

O ministro também disse que vai trabalhar para aumentar o efetivo de policiais federais e de policiais rodoviários federais, com a realização, para cada uma das instituições, de concurso público para 500 novos integrantes cada. Ele também falou em aumentar o vídeo-monitoramento em rodovias federais e colocar policiais rodoviários federais para trabalharem na folga com o pagamento de bônus.

Entre uma das iniciativas para a área, Jungmann afirmou que vai consultar pessoas da sociedade civil e da área empresarial para ajudar na formatação de ações na área de segurança pública. Disse ter conversado, na manhã desta quarta, com o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, que, segundo ele, prontificou-se a ajudar.

LIBERDADE

O novo titular da Segurança Pública disse ter pedido a Temer, quando foi escolhido para o cargo, liberdade para montar a equipe. Ele evitou criticar diretamente Fernando Segovia, que demitiu do comando da Polícia Federal após se envolver numa série de polêmicas, entre elas indicar, em entrevista à Reuters, que um inquérito contra Temer tendia a ser arquivado.

Jungmann disse que conhece o novo diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro, há bastante tempo, citando o fato de terem atuado --ele como ministro da Defesa e o outro como secretário-executivo da PF-- durante as Olimpíadas no Rio de Janeiro em 2016.

Segundo o ministro, foi daí que surgiu uma admiração e proximidade, aspectos que ele precisa para montar a sua equipe. Ele disse que iria apresentar Galloro a Temer "logo mais" --sem precisar quando. O novo chefe da PF não esteve presente na coletiva.

Jungmann afirmou que vai receber indicações do novo comandante da PF para cargos da cúpula da corporação e vai analisar os nomes, se for o caso. Questionado se iria interferir nas nomeações, ele rebateu. Explicou que esse tipo de nomeações --para diretorias da polícia-- passam pela Casa Civil e o presidente é quem toma a decisão.

LAVA JATO

O ministro garantiu que, na sua gestão, a operação Lava Jato terá todo o "nosso apoio".

"Ela continuará a ser uma prioridade... juntamente com outras que são de responsabilidade da Polícia Federal", disse.

Ele disse também, sem dar detalhes, que 20 delegados a mais serão deslocados para se juntar à equipe que investiga crimes de corrupção. Disse ter orientado Galloro a combater o crime e a corrupção.

BOMBA ATÔMICA

© Reuters. Ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, durante entrevista coletiva em Brasília

Jungmann justificou a decisão de o governo federal fazer uma intervenção federal na área de segurança pública do Rio de Janeiro.

Para ele, a situação daquele Estado --que passa por uma crise econômica, fiscal, moral e de segurança-- exigia uma providência. E avaliou que não vê, apesar de situações graves em outros Estados, outro caso que demande uma intervenção federal.

O ministro até parafraseou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso quando ele se referiu ao impeachment. "Impeachment é como bomba atômica, você tem, mas não usa", disse.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.