Impacto tributário de R$3,3 bi da Netflix no Brasil sinaliza insegurança jurídica, dizem tributaristas
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu na 5ª feira (16.out.2025), durante a abertura do 16º congresso do PC do B em Brasília, a soberania da Venezuela e criticou a ideia de que Cuba seria “um país exportador de terrorista”.
Lula citou o discurso de setores da direita de que o Brasil se transformaria na Venezuela ou em Cuba sob um governo de esquerda. “O Brasil nunca será a Venezuela, e a Venezuela nunca será o Brasil. Cada um será ele [próprio]. O que nós defendemos é que o povo venezuelano é dono do seu destino e não é nenhum presidente de outro país que tem que dar palpite de como vai ser a Venezuela ou vai ser Cuba”, declarou.
Lula defendeu o povo cubano e afirmou que sua posição é, muitas vezes, mal compreendida pela sociedade.
“O que nós dizemos publicamente é que Cuba não é um país de exportação de terrorista. Cuba é um exemplo de povo com dignidade”, disse o presidente. “Mas muitas vezes a gente não é entendido”, declarou.
O discurso se deu em meio a um momento de tensão entre Venezuela e Estados Unidos, enquanto o Brasil tenta estreitar relações com Washington.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), afirmou na 4ª feira (15.out) que vai realizar operações terrestres contra o narcotráfico internacional. Ele fez a declaração horas depois de o jornal New York Times divulgar reportagem dizendo que seu governo autorizou a CIA (Agência Central de Inteligência) a derrubar o presidente venezuelano, Nicolás Maduro (PSUV, esquerda).
No mesmo dia, o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela informou que apresentará uma queixa contra os Estados Unidos ao Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) e ao secretário-geral da organização, António Guterres, por tentativa de golpe no país.
Na 5ª feira (16.out), o PT divulgou nota em que condena a ação de Trump.
Durante o congresso do PC do B, Lula fez uma análise sobre o comportamento dos partidos de esquerda. Citou o carinho que tem pela sigla anfitriã, mas disse que as legendas de esquerda, incluindo o PT, têm dificuldades de comunicação.
“Nós nos distanciamos do povo”, afirmou. “A direita conseguiu colocar na cabeça do povo que todos nós defendemos o aborto de qualquer jeito, e o povo não defende. A direita botou na cabeça do povo que nós, que defendemos os direitos humanos, queremos os bandidos fora da cadeia, e nós não sabemos explicar isso”, disse.