Por Jan Strupczewski
BRUXELAS (Reuters) - Os ministros das Finanças da zona do euro devem concordar nesta segunda-feira em apoiar o ministro espanhol da Economia, Luis de Guindos, para suceder o vice-presidente do Banco Central Europeu, Vitor Constancio, em maio, um movimento que tende a aumentar as chances de um alemão se tornar o presidente do BCE no próximo ano.
A discussão entre os ministros das Finanças dos 19 países da zona do euro é informal, com uma votação prevista apenas para terça-feira, quando terão que decidir entre o espanhol e o presidente do banco central da Irlanda, Philip Lane.
Uma alta autoridade da zona do euro envolvida na preparação da reunião disse que o cenário preferido seria não haver votação, mas escolher uma pessoa por consenso.
Se houver uma votação, o candidato vencedor teria que obter 14 dos 19 votos e estes deveriam representar 65 por cento da população da zona do euro.
O comitê econômico do Parlamento Europeu, que tem papel apenas consultivo, disse depois de uma audiência informal de ambos os candidatos na semana passada que Lane é uma escolha melhor, mas funcionários da zona do Euro disseram que Guindo é o favorito.
Lane é o mais provável candidato a assumir como economista-chefe do BCE depois de Peter Praet quando o cargo ficar vago no próximo ano, disseram eles.
A escolha de um sulista como de Guindos para vice-presidente aumenta as chances de que um candidato do norte como o presidente do banco central alemão, Jens Weidmann, possa ser eleito para substituir Mario Draghi como chefe do BCE em 2019.
"Parece que esse é o caso", disse um funcionário da zona do euro. "Mas é um jogo de xadrez e ainda não conhecemos todos os jogadores. Lane ficaria bem posicionado como economista-chefe, mas Weidmann depende da distribuição dos grandes cargos em 2019."
Os "grandes cargos" incluem chefe da Comissão Europeia, presidente dos líderes da União Europeia e chefe do Parlamento Europeu --todos cargos que serão substituído em 2019.
(Por Jan Strupczewski)