(Reuters) - O juiz federal Sérgio Moro adiou em uma semana a data de depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em ação penal ligada à operação Lava Jato, para 10 de maio, em atendimento a pedidos da Polícia Federal e da Secretaria de Segurança Pública do Paraná, que solicitaram mais tempo para providências de segurança.
"É possível que, na data do interrogatório, ocorram manifestações favoráveis ou contrárias ao acusado em questão, já que se trata de uma personalidade política, líder de partido e ex-presidente da República", disse Moro em despacho nesta quarta-feira. "Havendo, o que não se espera, violência, deve ser controlada."
O juiz afirmou ainda que, também por questões de segurança, só será permitida a presença na audiência de integrantes do Ministério Público Federal e de advogados ligados ao caso, além do próprio Lula. A audiência foi marcada para as 14h.
Lula será ouvido em Curitiba na ação da Lava Jato em que é acusado de receber propina da empreiteira OAS na forma de um apartamento tríplex no Guarujá, no litoral de São Paulo, e no pagamento de armazenamento de seus bens pessoais. O ex-presidente é réu em outros quatro processos.
Lula afirmou esta semana, quando da solicitação das autoridades de segurança pelo adiamento do depoimento, que compareceria quando e onde fosse preciso, dizendo ser o maior interessado no depoimento.
(Por Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro)