ROMA (Reuters) - O novo governo de coalizão da Itália não tem a intenção de deixar o euro e planeja se concentrar em reduzir os níveis de endividamento, disse o ministro da Economia, Giovanni Tria, no domingo, procurando tranquilizar os nervosos mercados financeiros.
Os títulos do governo italiano estão sob pressão de venda, sob o temor de que o governo embarque em um gasto que a Itália não pode arcar e que os mercados estão cautelosos com o fato de que os céticos da coalizão possam tentar retirar a Itália da zona do euro.
Em sua primeira entrevista desde que assumiu o cargo há uma semana, Tria disse ao jornal Corriere della Sera que a coalizão queria impulsionar o crescimento por meio de investimentos e reformas estruturais.
"Nosso objetivo é (elevar) o crescimento e o emprego. Mas não planejamos revitalizar o crescimento por meio de gastos deficitários", disse Tria, acrescentando que apresentaria novas previsões econômicas e metas do governo em setembro.
"Essas serão totalmente coerentes com o objetivo de continuar no caminho da redução da relação dívida/PIB", disse ele.
Tria, um professor de economia pouco conhecido que não é afiliado a nenhum partido, disse que a coalizão estava comprometida em permanecer dentro da moeda única.
"A posição do governo é clara e unânime. Não há nenhuma questão sobre deixar o euro", disse ele.
(Reportagem de Crispian Balmer)