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Número de assassinatos no Brasil tem queda no primeiro trimestre, mostram dados

Publicado 18.04.2019, 14:26
© Reuters. Cartaz de protesto contra violência em São Paulo

Por Gabriel Stargardter

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O número de homicídios no Brasil, que bateu recorde mundial em 2017, manteve tendência de queda nos três primeiros meses deste ano, de acordo com dados preliminares de Estados compilados pela Reuters.

Entre janeiro e março, houve 5.711 assassinatos em 11 dos 26 Estados brasileiros e no Distrito Federal, 27 por cento a menos do que os 7.783 homicídios registrados no mesmo período de 2018 nos mesmos lugares.

A redução dos assassinatos é um estímulo para o presidente Jair Bolsonaro, que tomou posse em janeiro, mas não pode ser atribuída a ele, disse Robert Muggah, diretor de pesquisa do Instituto Igarapé.

O índice de homicídios vem caindo desde o pico atingido em 2017, quando cerca de 64 mil pessoas foram assassinadas em meio a uma guerra entre facções com repercussão em diversas partes do país.

Um levantamento realizado pelo portal de notícias G1 mostrou que o número de assassinatos em 2018 caiu 13 por cento em relação ao ano anterior. Nesta quinta-feira, o G1 disse que os assassinatos caíram cerca de 25 por cento nos dois primeiros meses de 2019 na comparação com o mesmo período do ano passado.

"Não há evidências de que o governo (Bolsonaro) tenha tido algo a ver com as melhorias", disse Maggah. "Pelo contrário, há sinais de que certas formas de violência, não apenas mortes relacionadas à polícia, podem ter aumentado desde a eleição."

No Estado do Rio de Janeiro, o número de pessoas mortas em confrontos com forças de segurança cresceu 18 por cento, atingindo a marca de 434 nos primeiros três meses de 2019, de acordo com dados do governo estadual.

No entanto, os dados parciais sobre redução nas mortes pelo país impulsionam o presidente, que foi eleito com promessas de cessar anos de violência crescente e corrupção.

Em uma publicação nas redes sociais nesta quinta-feira, Bolsonaro comemorou a redução de assassinatos, que disse ocorrer apesar "do terror espalhado por alguns sobre uma iminente explosão da violência" após sua vitória eleitoral.

Os dados compilados pela Reuters são apenas parciais, uma vez que as estatísticas públicas de crimes são inconsistentes entre os Estados. Ainda assim, os Estados contabilizados pela Reuters, incluindo três dos quatro mais populosos do Brasil --Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia--, reúnem cerca de metade dos 210 milhões de habitantes do país.

© Reuters. Cartaz de protesto contra violência em São Paulo

São Paulo, o Estado mais populoso do país, não divulgou dados referentes a março, mas os assassinatos caíram 3,4 por cento nos primeiros dois meses do ano.

Muggah atribuiu o declínio a três fatores: o crescimento do domínio nacional de uma facção criminosa, melhores métodos de policiamento e um possível "efeito inibidor" resultante do envio de tropas federais para Estados mais violentos.

Ao assumir a Presidência, Bolsonaro imediatamente enviou forças federais para intervir em uma onda de violência no Ceará, seguindo medida semelhante que reforçou a segurança no Rio de Janeiro durante boa parte de 2018.

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