Investing.com - O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse em entrevista coletiva em Brasília que o governo mantém total apoio ao presidente da Petrobras (SA:PETR4), Pedro Parente. O ministro reforçou ainda que a política de preços da companhia será mantida, mantendo os reajustes à variação do dólar e da cotação do petróleo no mercado internacional.
Com a decisão do governo de reduzir o preço do óleo diesel em R$ 0,46 por 60 dias e passar a reajustar o combustível a cada 30 dias, aumentaram as especulações de Parente poderia deixar o comando da estatal. A forte queda das ações da companhia nesta segunda-feira mostra a preocupação do mercado com a possibilidade. Os papéis chegaram a cair mais de 10% e agora perdem 8,13% a R$ 18,19.
Desde o final da semana passada existe uma crescente pressão para a saída de Parente, entre eles está o senador Cássio Cunha Lima (PSDB), que é vice-presidente do Senado. Outros parlamentares da base de sustentação do governo cobraram publicamente no plenário do Senado a saída do executivo.
A pressão pode aumentar nos próximos dias com o início da greve dos petroleiros, marcada para começar na próxima quarta-feira. Ao contrário dos motoristas de caminhões, que elegeram a redução de impostos e outros benefícios práticos como pautas prioritárias, os petroleiros há muito criticam a nomeação de Parente para a presidência da estatal e denunciam as consequências de sua política de reajustar os preços conforme as flutuações da cotação internacional dos combustíveis.