Por Andreas Rinke e Markus Wacket
BERLIM (Reuters) - Os conservadores da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, concordaram com seus parceiros em potencial do Partido Social-Democrata (SPD) nesta quarta-feira a respeito das metas climáticas para 2030, um sinal de progresso firme nas conversas sobre a formação de uma coalizão de governo que os dois lados almejam concluir dentro de uma semana.
Merkel, enfraquecida desde que perdeu votos para a extrema-direita na eleição de setembro, está depositando suas esperanças em um quarto mandato na retomada da 'grande coalizão' com o SPD para acabar com quatro meses de limbo político na maior economia da Europa.
Após um avanço no tema espinhoso do acolhimento de familiares de imigrantes na terça-feira – embora este tenha sido eclipsado por uma desavença subsequente sobre os detalhes –, os partidos resolveram outros assuntos menos conflituosos, como a política ambiental.
Refletindo um esboço de acordo obtido durante conversas exploratórias ocorridas no início deste mês, as siglas desistiram da meta do governo anterior de reduzir as emissões de CO2 para 40 por cento até 2020 em relação aos níveis de 1990.
Embora 'reconhecendo' essa meta, documentos vistos pela Reuters mostram que o foco agora é uma meta de cumprimento obrigatório de diminuir as emissões em 55 por cento até 2030 por meio de cortes no transporte, na agricultura, na energia e nas construções, apoiados por incentivos ou subsídios fiscais.
Mais tarde na terça-feira, os partidos também concordaram com medidas para criar mais 8 mil empregos no setor de cuidados médicos e em melhorar os salários.
Qualquer pacto dependerá da aprovação dos membros do SPD, que votarão depois que os líderes partidários entrarem em acordo – possivelmente na conclusão do final de semana ou no início da semana que vem.
(Reportagem adicional de Thorsten Severin)