RIO DE JANEIRO (Reuters) - As associações que representam as petroleiras e as mineradoras no Brasil afirmaram em nota nesta sexta-feira que apoiarão o futuro ministro de Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque, na formulação de políticas e de medidas de longo prazo para a atração de investimentos.
A indicação de Albuquerque foi anunciada mais cedo pelo presidente eleito Jair Bolsonaro, em sua conta do Twitter (NYSE:TWTR), surpreendendo especialistas do setor energético, uma vez que o nome do militar, pouco conhecido no segmento, não surgiu por meio de indicações do mercado, nem políticas.
O Instituto Brasileiro do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), que representa gigantes petroleiras no Brasil, parabenizou Albuquerque pela indicação e disse que continuará contribuindo com a formulação de políticas para o setor de energia.
Além da Petrobras (SA:PETR4), outras gigantes petroleiras internacionais como Shell, Exxon Mobil (NYSE:XOM), Total, Equinor, que têm expandido cada vez mais investimentos no pré-sal brasileiro, são associadas ao IBP.
"O instituto confia que o almirante Bento dará continuidade à implementação de reformas importantes do setor de óleo e gás e um calendário de Rodadas de Licitação que permitam a retomada da competitividade de um dos segmentos industriais mais importantes para a economia brasileira", disse o IBP.
O instituto defendeu ainda a manutenção de um mercado aberto, competitivo e com capacidade de atrair e captar os investimentos necessários para converter reservas em riquezas.
Já o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), que representa empresas como Vale (SA:VALE3), Anglo American (LON:AAL) e CSN (SA:CSNA3), afirmou que colocará todo o seu conhecimento técnico à disposição da equipe do futuro ministro para contribuir com a construção de uma política de longo prazo para o desenvolvimento da indústria da mineração.
"O Ibram vê como positiva a indicação do novo ministro e acredita na sua capacidade em conduzir a pasta de acordo com as necessidades do país", afirmou o Ibram em nota.
Segundo o instituto, o Brasil tem histórica vocação mineral e é um dos principais geradores de divisas comerciais para o país.
Na visão do Ibram, o setor mineral "apresenta enorme potencial para atrair investimentos e, assim, multiplicar a produção de bens minerais".
(Por Marta Nogueira)