PF prende pecuarista Bumlai em nova etapa da Lava Jato

Publicado 24.11.2015, 08:51
Atualizado 24.11.2015, 09:00
© Reuters.  PF prende pecuarista Bumlai em nova etapa da Lava Jato

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira nova etapa da operação Lava Jato como parte de investigações sobre contratação de navio sonda pela Petrobras (SA:PETR4), e, segundo uma fonte da PF, foi preso preventivamente o pecuarista José Carlos Bumlai, ligado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Bumlai foi preso em um hotel de Brasília nesta manhã na 21ª fase da Lava Jato, que ganhou o nome Passe Livre. O pecuarista tinha depoimento previsto na CPI do BNDES nesta terça-feira.

Um dos delatores da Lava Jato, o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, disse em depoimento às autoridades que pagou 2 milhões de reais a Bumlai, que seria destinado a uma nora de Lula, segundo reportagens publicadas por jornais em outubro.

Além disso, Baiano teria dito em seu acordo de delação que Lula se reuniu com Bumlai e com João Carlos Ferraz, então presidente da Sete Brasil, para tratar de negócios intermediados pelo lobista em nome do grupo OSX (SA:OSXB3), de acordo como reportagem do jornal O Estado de S.Paulo no mês passado.

De acordo com a Polícia Federal, 140 policiais e 23 auditores fiscais cumprem nesta terça-feira 25 mandados de busca e apreensão, 6 de condução coercitiva e 1 de prisão preventiva nas cidades de São Paulo, Lins (SP), Piracicaba (SP), Rio de Janeiro, Campo Grande, Dourados (MS) e Brasília como parte da nova etapa da Lava Jato.

"As investigações concentradas nesta fase partem da apuração das circunstâncias de contratação de navio sonda pela Petrobras com concretos indícios de fraude no procedimento licitatório", disse a PF em nota.

Segundo a polícia, as investigações descobriram medidas complexas de engenharia financeira usadas pelos investigados com o objetivo de ocultar a destinação de valores indevidos pagos a agentes públicos e diretores da Petrobras.

A operação Lava Jato investiga um esquema bilionário de corrupção na Petrobras e em outros órgãos da administração pública, com o envolvimento de empreiteiras que formaram um cartel para obter contratos e pagavam propina a funcionários das companhias, a operadores que lavavam o dinheiro do esquema, e a políticos e partidos.

(Por Pedro Fonseca)

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