Por John Whitesides
FILADÉLFIA (Reuters) - A presidente do Comitê Nacional do Partido Democrata, Debbie Wasserman Schultz, renunciou neste domingo em meio a um escândalo envolvendo o vazamento de emails que provocou turbulências nos quadros do partido às vésperas da convenção que vai nomear Hillary Clinton para a corrida pela Casa Branca.
Os ânimos após a esquentada primária entre Clinton e o rival Bernie Sanders se acirraram ainda mais depois que mais de 19 mil emails do Comitê Nacional Democrata vazaram. Os documentos pareceram confirmar a frequente acusação de Sanders de que o comitê sempre teve um favorito na disputa, Clinton.
Sanders havia pedido a renúncia de Wasserman Schultz mais cedo neste domingo.
"Planejamos uma grande e unida convenção e eu espero que a equipe do comitê, que trabalhou tanto para chegarmos a este ponto, tenha o apoio de todos os democratas para realizar a melhor convenção de todas", disse ela em comunicado.
O escândalo foi um duro golpe contra os democratas, que esperavam projetar estabilidade, em contraste com a volatilidade do candidato republicano nomeado na semana passada Donald Trump.
As notícias também ofuscaram as preparações na Filadélfia para a coroação de Clinton como a candidata democrata que enfrentará Trump.