(Reuters) - O presidente em exercício da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), revogou na noite de segunda-feira a própria decisão de anular a sessão de votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff na Casa, no mesmo dia em que provocou uma reviravolta no cenário político ao pedir que o Senado devolvesse o processo para realização de uma nova votação.
A decisão de Maranhão de revogar a anulação foi tomada depois que o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), resolveu seguir em frente com a tramitação do processo de impedimento no Senado apesar da medida do presidente interino da Câmara.
Assim, está previsto que o Senado vote na quarta-feira o pedido de abertura do processo de impeachment contra Dilma, que pode resultar no afastamento da mandatária pelo prazo de até 180 dias.
(Por Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro)