HAVANA (Reuters) - O presidente cubano, Raul Castro, e o chefe da petrolífera russa Rosneft se reuniram em Havana no sábado, no mais recente sinal de que os dois países estão preparando um importante acordo na área de óleo e gás.
A mídia estatal divulgou neste domingo uma fotografia de Castro e Igor Sechin com notebooks em uma mesa, junto com o ministro da Economia, Ricardo Cabrisas, após os dois últimos terem realizado o que foi descrito em uma breve legenda como uma “reunião de trabalho”. Castro e Sechin se conhecem há décadas.
Cuba enfrenta blecautes e escassez de combustível. A ascensão de Hugo Chávez, falecido presidente da Venezuela, acabou com a crise na virada do século e Cuba passou a depender da Venezuela para 70 por cento de suas necessidades de combustível.
Mas as exportações subsidiadas da socialista Venezuela caíram em pelo menos 40 por cento desde 2014. Cuba está procurando novos fornecedores para a ajudar a reduzir o racionamento de eletricidade e combustível em algumas estatais.
A Rosneft, petrolífera estatal russa, começou a enviar algum combustível para Cuba em maio, mesmo com os Estados Unidos, sob o governo de Donald Trump, tendo começado a reverter uma frágil distensão iniciada pelo ex-presidente Barack Obama. Foram as primeiras remessas russas de combustível significativas desde o início dos anos 1990.
De acordo com o especialista da Universidade do Texas em Austin, Jorge Pinon, o acordo com Cuba este ano foi equivalente a cerca de 1,865 milhão de barris e avaliado em 105 milhões de dólares em valores atuais. Cuba consome diariamente 140 mil barris de produtos petrolíferos.
(Por Marc Frank)