👀 Não perca! As ações MAIS baratas para investir agoraVeja as ações baratas

Relator apresenta à CMO parecer pela aprovação das contas do governo em 2014 com ressalvas

Publicado 22.12.2015, 17:44
© Reuters.  Relator apresenta à CMO parecer pela aprovação das contas do governo em 2014 com ressalvas

BRASÍLIA (Reuters) - O relator das contas do governo de 2014 na Comissão Mista de Orçamento (CMO), senador Acir Gurgacz (PDT-RO), apresentou parecer nesta terça-feira em que defende a aprovação com ressalvas das contas do governo de 2014, reprovadas pelo TCU.

Em um parecer de mais de 243 páginas, o senador contraria parecer aprovado em outubro pelo Tribunal de Contas da União (TCU) que recomenda a rejeição das contas do governo federal.

Defende, no entanto, a necessidade de o governo aperfeiçoar o planejamento das contas. O parecer cita três ressalvas: a "falta de aderência" do cenário econômico-fiscal do governo em relação ao que ocorria de fato na economia, a existência de restos a pagar nos anos de 2012, 2013 e 2014, e "vultuosos" compromissos financeiros vencidos e não pagos junto a bancos públicos.

"O que estamos colocando é que tem que se ter um planejamento, essa conta tem que ser paga. Queremos é que haja planejamento para que possamos equilibrar o nosso Orçamento", disse o senador a jornalistas, acrescentando que sugeriu em seu relatório que o governo adote medidas e acione os órgãos responsáveis para se adequar às ressalvas.

O cumprimento ou não dessas recomendações de Gurgacz seriam avaliados durante a análise das contas do governo de 2016.

A rejeição das contas do governo pelo TCU é um dos argumentos do pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, que também cita denúncia do Ministério Público junto ao TCU de que as chamadas "pedaladas fiscais", manobra considerada irregular pelo órgão de contas, teriam continuado em 2015, além de expor decretos de liberação de verbas assinados pelo governo federal que não foram submetidos a autorização do Congresso Nacional.

Um dos principais questionamentos feitos pelo TCU às contas do ano passado foram as chamadas "pedaladas fiscais", atraso no repasse de recursos da União para cobrir gastos de bancos públicos com programas do governo, numa tentativa de melhorar a situação das contas públicas.

De acordo com Gurgacz, as manobras fiscais condenadas pelo TCU não constituem crime, mas um "inadimplemento".

"Não houve contratação de crédito entre o governo e a Caixa Econômica, entre o governo e o BNDES", disse o senador.

"O que foi feito não está de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, mas não é crime porque não houve contratação de crédito."

Na segunda-feira, o novo ministro do Planejamento, Valdir Simão, afirmou que o governo fará o possível para realizar o pagamento das chamadas pedaladas fiscais ainda este ano e encerrar o exercício "adequadamente" junto ao TCU. Os atrasos referentes às pedaladas somam 57 bilhões de reais.

O relatório de Gurgacz ainda precisa ser votado pela CMO, o que deve ocorrer até março do próximo ano, segundo cronograma fornecido pela comissão.

Há duas interpretações vigentes no Congresso sobre o caminho a ser seguido após a aprovação na comissão de orçamento.

O parecer de Gurgacz pode ser votado em uma sessão de uma das Casas do Congresso definida por meio de um rodízio, como vem defendendo o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Ou pode ser votado em uma sessão conjunta, da Câmara e do Senado simultaneamente, segundo interpretação da presidente da CMO, senadora Rose de Freitas (PMDB-ES).

Representantes da oposição já anunciaram que votarão contra o relatório apresentado nesta terça à CMO.

(Reportagem de Maria Carolina Marcello e Marcela Ayresmanc)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.