Moscou, 18 mar (EFE).- As seções eleitorais abriram neste domingo em Moscou e em toda a parte central da Rússia para as eleições presidenciais, nas quais cerca de 110 milhões de russos estão convocados às urnas para escolher o líder para os próximos seis anos.
A jornada eleitoral começou há nove horas em Kamchatka, Chukotka e Magadan, as regiões mais orientais do país, onde faltam apenas três horas para o fechamento das urnas.
Como em todo o país, os cidadãos poderão votar até as 20h locais, e depois disso começará a apuração.
O extenso território da Rússia abrange 11 fusos horários, por isso a jornada de votação levará 21 horas até ser concluída no território de Kaliningrado, a parte mais ocidental do país, onde as seções fecharão às 18h GMT (15h em Brasília) deste domingo.
A votação ocorrerá em mais de 97 mil seções eleitorais na Rússia e em outras 400 em 145 países de todo o planeta, embora os russos que vivem na Ucrânia não poderão exercer seu direito ao voto.
O governo desse país anunciou que não lhes permitirá entrar nas legações diplomáticas russas em seu território, já que considera a Rússia um "país agressor" e suas eleições presidenciais, "ilegais".
Onde haverá votação é na Crimeia, que participará pela primeira vez em pleitos presidenciais russos e fará isso justamente no quarto aniversário da anexação da península ucraniana por Moscou.
Kiev advertiu aos cidadãos desse território - que considera ocupado e que não desistiu de recuperar - que aqueles que ajudem na promoção e organização do pleito serão perseguidos penalmente na Ucrânia.
Nesse sentido, o governo ucraniano já elaborou uma lista negra com os nomes dos crimeanos acusados desses "crimes" e pedirá à União Europeia que os sancione com a proibição de entrada em território comunitário.
Segundo todas as pesquisas, Putin ganhará com folga o pleito e chegará perto de obter o apoio de 70% dos eleitores, um resultado histórico.
Em segundo lugar em intenções de voto aparece o candidato comunista, o milionário stalinista Pavel Grudinin, com 7%, seguido pelo veterano líder ultranacionalista, Vladimir Zhirinovski, com 6%.