Por Susan Cornwell e Amanda Becker
WASHINGTON (Reuters) - Uma abrangente reforma tributária patrocinada pelo Partido Republicano ganhou força no Senado dos Estados Unidos nesta quinta-feira com o apoio do senador John McCain, conforme líderes do partido realizavam negociações nos bastidores para tentar assegurar votos suficientes para aprovação.
McCain, peça-chave no colapso em julho de um esforço republicano para revogar o Obamacare, disse que o projeto de lei de impostos está “longe de perfeito”. Mas o herói de guerra e ex-candidato presidencial afirmou que o projeto irá impulsionar a economia e dar alívio fiscal para todos os norte-americanos.
A senadora republicana Susan Collins, que também desempenhou um papel no fracasso da revogação do Obamacare, disse a repórteres que ainda não está comprometida em apoiar o projeto tributário.
O Senado, controlado pelo Partido Republicano, deve começar uma votação possivelmente caótica sobre emendas de republicanos e democratas antes de seguir para uma votação final tarde da noite ou no início da sexta-feira.
Horas antes dos votos, senadores ainda discutiam sobre os conteúdos do projeto de lei. Diversos republicanos mantiveram apoio enquanto buscam mudanças, incluindo limites sobre quanto o projeto de lei irá aumentar o déficit federal, inclusão de uma dedução federal de até 10 mil dólares em impostos de propriedades locais e do Estado, e maiores incentivos fiscais para companhias “pass-through”, incluindo pequenas empresas.
Como esboçado, o projeto de lei do Senado irá cortar a taxa de impostos de corporações norte-americanas de 35 para 20 por cento e reduzir a carga tributária sobre empresas e indivíduos, embora encerre muitos incentivos fiscais, mas ainda irá acrescentar 1,4 trilhão de dólares à dívida federal que já ultrapassa 20 trilhões de dólares.