BRASÍLIA (Reuters) - A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) disse que manteve no relatório da medida provisória 675 proposta que eleva para 23 por cento a alíquota da CSLL de instituições financeiras, mas que aceita negociar uma emenda que retorne a alíquota para os 20 por cento inicialmente sugeridos pelo governo.
A senadora disse ter recebido várias solicitações para retomar o texto original da MP e que não via problema nisso, desde que haja um acordo na comissão que analisa o tema.
"Eu não vejo problema nenhum desde que haja uma concordância da comissão", afirmou Gleisi nesta terça-feira na comissão mista no Congresso Nacional que analisa a MP.
"Entre as propostas de destaques que têm aqui, se for para nós fazermos um acordo na comissão, aceito dialogar com a proposta do deputado Manoel Júnior (PMDB-PB)...que é razoável e manteria o que o governo federal mandou para cá", disse aos colegas da comissão mista que analisa a MP.
Na semana passada, o presidente da comissão, deputado Domingos Sávio (PSDB-MG), disse à Reuters que parlamentares da base aliada queriam manter a proposta original do governo de elevar a alíquota da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) de instituições financeiras de 15 para 20 por cento.
A senadora disse ainda que seu parecer não prevê mais o fim de benefício tributário que permitia a grandes empresas deduzirem do imposto de renda os juros sobre capital próprio. Afirmou, no entanto, que deve apresentar uma proposta nos mesmos termos assim que a discussão da MP for concluída.
O relatório da senadora pode ser votado e alterado por emendas ainda nesta terça-feira na comissão mista, para então ser encaminhado à Câmara dos Deputados e, depois, ao Senado.
(Reportagem Maria Carolina Marcello)