BRASÍLIA (Reuters) - O presidente da República em exercício, Dias Toffoli, atual presidente do Supremo Tribunal Federal, afirmou nesta terça-feira que ninguém irá desafiar a democracia no Brasil e o Poder Judiciário está atento para defendê-la.
"Eu tenho certeza que todos os candidatos que hoje estão colocados para a disputa do primeiro turno têm clareza de que o respeito às regras do jogo faz parte da possibilidade de uma vitória em um eventual segundo turno", garantiu o presidente da República em exercício.
"Ninguém vai se arriscar a desafiar a democracia no Brasil. Nós estamos atentos a defender a democracia no Brasil", disse, em coletiva no Palácio do Planalto.
Recém-empossado no comando do Supremo com o discurso do diálogo e respeito entre os Poderes, Toffoli defendeu que, seja quem for, o vencedor da eleição presidencial terá de conversar com todos --os Poderes da República, sociedade civil organizada, órgãos de controle. "Não tem outra situação possível", opinou.
"Seja quem for o presidente da República que vier a ser eleito pelo batismo das urnas, ele saberá ser crismado na pluralidade", apostou.
Toffoli disse ver com naturalidade a polarização do processo eleitoral, mas defendeu que uma vez realizadas as eleições, o resultado das urnas tem de ser respeitado.
"Polarizações são visões de mundo em que a maioria decide. E uma vez decidido, o que há a fazer: respeitar a decisão da maioria. Dentro da Constituição, dentro da lei. É isso que nós temos que fazer", declarou.
"Seja quem for o eleito, nós devemos respeitar a vontade popular."
(Reportagem de Maria Carolina Marcello)