BRASÍLIA (Reuters) - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou nesta quinta-feira a retirada de links com vídeo em que o candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, sugeriu a possibilidade de fraude nos resultados das urnas eletrônicas, atendendo a ação movida pela campanha petista.
Os ministros do TSE deram 24 horas para a remoção dos links pelo Google (NASDAQ:GOOGL) e Facebook (NASDAQ:FB). Ao todo, foi determinada a retirada de 55 páginas com o vídeo da transmissão de fala de Bolsonaro feita no dia 16 de setembro -- 2 estão em páginas do candidato e 53 replicados por seguidores.
Bolsonaro chegou a declarar no vídeo, transmitido quando ainda estava hospitalizado, que haveria a possibilidade de fraude nos resultados das urnas como parte de um plano para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pudesse deixar a prisão -- o petista está preso desde abril.
A maioria dos ministros fez uma defesa enfática da lisura das urnas e, de modo geral, criticaram comentários feitos pelo candidato que podem fragilizar as instituições. Somente o ministro Carlos Horbach, que já tinha negado em caráter liminar a retirada do vídeo, votou contra o pedido do PT.
(Reportagem de Ricardo Brito)