O deputado e líder do PP (Partido Progressista) na Câmara dos Deputados, André Fufuca (MA), foi confirmado nesta 4ª feira (6.set.2023) para assumir o cargo de ministro do Esporte do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Ele substitui a ex-atleta e 1ª medalhista olímpica de vôlei feminino Ana Moser, que estava à frente da pasta desde 1º de janeiro deste ano. A troca faz parte de uma reforma ministerial arquitetada pelo presidente para abrigar representantes do Centrão na Esplanada e, consequentemente, receber mais apoio dos congressistas na aprovação de pautas importantes para o governo no Legislativo.
Moser foi recebida por Lula na 3ª (5.set), quando deve ter sido avisada da troca. A agora ex-ministra encontrou-se novamente com o presidente nesta 5ª feira (6.set) no Palácio da Alvorada. André Fufuca também esteve presente.
O deputado do PP estava cotado para assumir algum ministério –até então não se sabia precisamente qual– desde o início de julho. À época, 3 pastas estavam na mira do Centrão, além do comando da Caixa Econômica Federal.
A nomeação ficará para a próxima semana, segundo nota da Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência): “A nomeação e posse serão realizadas no retorno do presidente Luiz Inácio lula da Silva da reunião do G20”. Com as mudanças, Márcio França assumirá o novo ministério das Micro e Pequenas empresas.
Além das mudanças anunciadas nesta 6ª, o Ministério do Turismo já está sob o comando de Celso Sabino (União Brasil-PA) desde 14 de julho, quando foi nomeado no DOU (Diário Oficial da União), depois da saída da ex-ministra Daniela Carneiro.
Em 16 de agosto, Lula se reuniu pessoalmente com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para discutir a nova configuração dos ministérios do atual governo para abrigar o PP, de Fufuca, e o Republicanos.
Em meio à negociação com o Centrão, em 29 de agosto, Lula anunciou a criação de mais 1 ministério: o da Micro e Pequena Empresa. Serão 38 ministérios na Esplanada.
AFASTADO DAS DECISÕES DO PARTIDO
Em entrevista à rádio CBN em 17 de agosto, o presidente do PP, senador Ciro Nogueira, se mostrou descontente com a possível indicação de um integrante de seu partido para assumir um ministério do governo, ao qual diz ser oposição. Afirmou que quando Fufuca assumisse o ministério, ele seria “afastado de todas as decisões partidárias” do Progressistas.