O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fará uma artroplastia total de quadril na 6ª feira (29.set.2023) para corrigir uma artrose –desgaste que reveste as articulações. Depois do procedimento, o chefe do Executivo ficará por, no mínimo, 3 semanas em recuperação no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência, de acordo com informações da Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência).
Em entrevista a jornalistas nesta 2ª feira (25.set.2023), Lula disse que, se possível, já queria voltar ao trabalho na 2ª feira (2.out.2023) depois da cirurgia. O presidente, no entanto, precisará ter paciência.
Ele será internado no hospital Sírio-Libanês, em Brasília, no início da manhã de 6ª feira. A cirurgia será realizada no mesmo período e deverá demorar cerca de 2h30. Lula seguirá internado até 3ª feira (3.out.2023). Só então, deverá ser liberado para ir para casa. O presidente poderá retomar o trabalho no Palácio da Alvorada, mas não poderá fazer muitos movimentos e terá a ajuda de andadores e de um carrinho elétrico de golfe para se locomover.
Lula sofre com intensas dores no quadril há mais de um ano por causa de uma artrose que, no caso do petista, acomete a articulação entre o osso do fêmur da perna direita e a bacia, no quadril.
O presidente será submetido a anestesia geral para a realização da cirurgia. O procedimento consiste em retirar a articulação desgastada da cabeça do fêmur e substituí-la por uma prótese, que será encaixada em um receptor alocado na bacia.
Segundo especialistas consultados pelo Poder360, o procedimento é simples. A prótese deve durar pelo resto da vida do presidente, sem necessidade de novas operações. Com a cirurgia, é esperado que a dor suma por completo.
A cirurgia será comandada pelo médico que cuida de Lula há anos, Roberto Kalil, a médica da Presidência da República, Ana Helena Germoglio, e por um ortopedista que não teve seu nome divulgado pela Secom. Outros profissionais também deverão acompanhar o procedimento. Kalil virá de São Paulo para Brasília para realizar o procedimento.
Desde que as dores aumentaram, com a intensa rotina de viagens internacionais, Lula tem tido o acompanhamento diário de um fisioterapeuta e de uma equipe de médicos, que atuam para aliviar as dores. Ele também realizou, ao menos duas vezes, infiltrações no quadril para reduzir os incômodos.
O presidente também deverá ficar até 6 semanas sem sair de Brasília. A previsão é de que ele retome as viagens na COP28, que será realizada nos Emirados Árabes, no fim de novembro. Na volta, Lula deverá passar pela Alemanha para uma reunião governamental com o chanceler alemão, Olaf Scholz.